Distribuídas em 37 cidades, a abertura das 2.300 vagas para graduação de medicina estava prevista desde o ano de 2014. O aumento de vagas está em conformidade com a política “Mais Médicos” do governo. O Conselho Regional de Medicina se manifestou contrário à abertura dos novos cursos na área médica.
Além de abrir vagas e novos cursos na rede privada, o governo também incrementou o número de ingressos para graduação de medicina nas universidades públicas. No total, 583 vagas a mais serão disponibilizadas no Sisu 2017 (Sistema de Seleção Unificada que utiliza as notas do Exame Nacional do Ensino Médio).
Dentre os estados que mais receberam vagas para novas graduações de medicina, estão São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. O Conselho de Medicina, em nota, publicou preocupação com a política de ampliação de vagas. Segundo o Conselho, já existem graduações da área médica próximas aos locais da abertura das vagas. Também, foi evidenciada a precariedade dos corpos docentes e estrutura de ensino: como espaço físico e hospitais escola. Conforme o Conselho, seria mais producente investir nas instituições de ensino que já contam com a graduação de medicina.
As instituições selecionadas no programa de novas vagas para medicina da política “Mais Médicos” terão o prazo de até 18 meses para adequar as características da estrutura e contratar corpo docente qualificado. Ao todo, 216 municípios se inscreveram para o pleito da abertura da graduação de medicina, no entanto, apenas 39 foram contemplados. Esse número baixou para 37 quando as cidades de Limeira (SP) e Tucuruí (PA) foram retiradas do programa.
A política “Mais Médicos” busca suprir uma demanda de profissionais na área da saúde. O vestibular de medicina é o mais concorrido entre os cursos. Muitos estudantes possuem o sonho de ser médico, mas não conseguem realizá-lo devido à alta concorrência das provas para ingresso na medicina. A abertura de novas vagas flexibilizará a concorrência e deixará mais regional o processo. Assim, o intuito é em um futuro próximo ter médicos nas regiões que tradicionalmente sofrem com a falta desses profissionais.
Por Matheus Griebeler
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