Apesar das inúmeras opiniões que se ouve em qualquer discussão sobre política, um dos únicos pontos que é quase unanimemente compartilhado pelas pessoas é o da importância da educação. Muitos pensadores e filósofos já trouxeram a ideia de que a educação do cidadão é importantíssima para que haja mais paz e igualdade em uma sociedade. Talvez a mais famosa dessas máximas seja do filósofo Pitágoras: ”Educai as crianças e não será preciso punir os homens”.
Além de ser uma tarefa muito importante para um Estado, dar educação ao povo é muito difícil também. Essa dificuldade é ainda mais presente em países continentais, com populações grandes, como o Brasil. Pensando nesse desafio que o Ministério da Educação (MEC) decidiu criar a Base Nacional Comum Curricular. A Base Comum seria uma relação de conteúdos e saberes que deve ser desenvolvida em cada ano da educação básica. Para ter uma variedade de opiniões na hora de elaborar esse currículo nacional, o MEC convocou diversos professores e representantes da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped).
A Base Curricular, ao contrário do que os críticos dizem, não seria um meio de impor um tipo de educação, sufocando a autonomia dos professores. A proposta é ter relação de conteúdos mínimos que todos os alunos devem aprender, mas dá autonomia para as diversas regiões do país ensinar saberes referentes a cada realidade local. Além de unificar o padrão de educação, dando certa autonomia para as diversas regiões do país, a Base Nacional Comum Curricular tem como princípios formar melhores pessoas e cidadãos. Esse currículo deve ser aplicado tanto em escolas públicas como em particulares.
A próxima etapa do projeto é a apresentação da Base Curricular para os secretários da educação que o discutirão com os professores de suas redes. Visando cumprir a sétima meta do Plano Nacional de Educação (PNE), fomentar a qualidade da Educação Básica, do fluxo escolar e da aprendizagem, a Base Curricular vai ser encaminhada ao Conselho Nacional de Educação (CNE) até julho desse ano. Os professores vão poder dar sua opinião sobre o assunto em uma plataforma digital ainda em desenvolvimento, segundo o MEC. Tudo isso seria, ainda, o primeiro passo para o estabelecimento desse novo currículo, que após, seria discutido em nível estadual, municipal e, finalmente, em cada escola do país.
Thomas Vicente Ferreira
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